As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando foi formada a Aldeia do Rio Comprido, fazenda jesuítica que utilizava o gado para evitar as incursões dos bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os assentamentos indígenas pelos religiosos provocou a expulsão dos jesuítas e a dispersão dos locais.
Os jesuítas voltaram anos depois, fixando-se numa planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje fica a Igreja Matriz de São José, no centro. Esse núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima ameno e estava em posição estratégica em caso de invasões. Mais uma vez, a missão foi vista pelo mundo exterior como uma fazenda de gado. Nesse período, o município passou por sérias dificuldades econômicas devido ao grande fluxo de mão de obra para trabalhar nas minas.
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil e Portugal confiscou todos os bens da ordem. Uma das primeiras medidas foi a elevação de várias vilas à categoria de vilas, entre elas São José, com o objetivo de aumentar as receitas provinciais.
Antes mesmo de se tornar freguesia, a vila foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Ergueram-se o pelourinho e os Paços do Concelho, símbolos que caracterizaram a nova condição. No entanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século XIX, quando o município começou a dar sinais de crescimento econômico, graças à significativa produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.
Depois de ocupar uma posição periférica no auge do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase do sanatório, quando inúmeros doentes buscavam o clima da cidade em busca da cura da tuberculose. Aos poucos foi criada uma estrutura de serviços, com pensões e repúblicas.
Em 1924, foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância hidromineral e climática, é que o município conseguiu investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que futuramente se tornaria um ativo adicional para a atração de investimentos para o desenvolvimento industrial.
Entre 1935 e 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitários, nomeados pelo governo do estado. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e foi recuperada em 1978.
O processo de industrialização de São José dos Campos teve início após a instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) - hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) - e a inauguração da Via Dutra, em 1951. Em Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade experimentou significativo crescimento populacional, que também acelerou o processo de urbanização.
Na década de 1990 e início do século XXI, São José dos Campos experimentou um aumento significativo do setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, atendendo aproximadamente 2 milhões de moradores do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte
São José dos Campos (SP). Prefeitura. 2013. Disponível em: http://www.sjc.sp.gov.br. Consultado em: julho. 2013.
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